FMI reduz projeção de crescimento do Brasil, e primeiro ano de Lula deve ser pior que o de Bolsonaro

Nesta terça-feira, 11, o Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou o relatório de Perspectivas Econômicas Mundiais (WEO, em inglês). A entidade revisou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil de 1,2% para 0,9% em 2023.

A expectativa está alinhada com as avaliações do mercado interno, mas representa uma desaceleração no comparativo com 2022, quando a economia cresceu 2,9%. Caso a projeção seja confirmada, o primeiro ano do terceiro mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá um desempenho inferior ao primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), quando o PIB cresceu 1,2%.

O relatório também indica que as projeções fiscais do Brasil para 2023 refletem as políticas atuais em vigor e que as premissas de política monetária são consistentes com a convergência da inflação dentro da banda de tolerância até o final de 2024.

Entre as economias emergentes e em desenvolvimento, o Brasil apresenta uma das piores perspectivas de crescimento, ficando à frente somente da Rússia e da África do Sul. É esperado que eles avancem 0,7% e 0,1%, respectivamente.

Observando o cenário mundial, a instituição avalia que a perspectiva é novamente incerta em meio à turbulência do setor financeiro, alta da inflação, efeitos contínuos da invasão da Ucrânia pela Rússia e três anos da Covid-19. A previsão de base é que o crescimento caia de 3,4% em 2022 para 2,8% em 2023, antes de se estabelecer em 3,0% em 2024.

“Espera-se que as economias avançadas vejam uma desaceleração de crescimento especialmente pronunciada, de 2,7% em 2022 para 1,3% em 2023. Em um cenário alternativo plausível com mais estresse no setor financeiro, o crescimento global cai para cerca de 2,5% em 2023, com o crescimento da economia avançada caindo abaixo de 1%. A inflação nominal global na linha de base deve cair de 8,7% em 2022 para 7,0% em 2023 devido aos preços mais baixos das commodities, mas a inflação subjacente (núcleo) provavelmente cairá mais lentamente. O retorno da inflação à meta é improvável antes de 2025 na maioria dos casos”, afirma o FMI.

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